Você sabia que além de delicadas, bonitas e coloridas, as borboletas podem ensinar demais sobre nós mesmas? Hoje quero trazer alguns desses ensinamentos.
Antes de começarmos, preciso recordar sobre como é o processo de metamorfose da borboleta. Eu sei que pode parecer chato e mas essa base é essencial para você entender tudo que vamos falar sobre você.
A borboleta passa por 04 fases: Ovo, Lagarta, Casulo e Adulto (aqui que se torna Borboleta).
Enquanto ovo, ela é colocada em uma folha por outra borboleta e fica ali até chegar a hora de sair. Quando ela sai do ovo se torna lagarta, daí em diante usa a folha para se desenvolver e se alimentar. Curiosamente ao se alimentar dessas folhas ela consome toxinas que, ao serem processadas por seu organismo, transformam-se em ferramenta de autodefesa contra predadores.
Depois dessa fase, a borboleta produz a crisálida, que é o seu casulo e fica nele por alguns dias. Nesse tempo, sobrevive graças às reservas nutritivas que acumulou quando era uma lagarta.
O tempo de metamorfose varia em cada espécie, mas quando ela termina o ciclo se torna borboleta e muda inclusive a forma de se alimentar, agora suas peças bucais se adaptaram para que ela possa se alimentar de néctar ou líquidos de frutos. É só nessa fase que a borboleta pode reproduzir-se, voar e também quando é reconhecida por nós como um ser belo.
“Tá Deh, mas o que isso aí tem a ver com a minha vida?”
Nossa vida é feita de diversos ciclos que se iniciam e se encerram, não existe nada infinito, todo ciclo se fecha em algum momento. Esse fechamento pode ser o fim de algo ou a transformação daquilo em outra coisa.
Vou usar como exemplo: o fim de um relacionamento, que é um dos temas que mais trabalho, mas você pode aplicar isso para qualquer situação que esteja passando, ok?
Sei que quase ninguém curte a lagarta, achamos feias ou a vemos como uma praga. Mas o fato é que sem ela não existe borboleta.
Inicialmente estamos alí paralisadas, somos o ovo, precisamos entender o que aconteceu e após um período digerindo todo o ocorrido saímos desse ovo e começamos a nos abrir para nossa nova realidade de vida.
Então, nos tornamos lagartas, sendo sagazes começamos a usar a situação que estamos passando para nos dar força e nos defender nesse turbilhão de emoções que está acontecendo. Nos “alimentamos” daquilo para nos fortalecer. Claro que não estamos no nosso maior potencial, ainda temos muito caminho a trilhar, mas essa fase é a base necessária para nos recuperar.
Conforme ficamos mais fortes, é necessário dar mais um passo que é o Casulo. Nele criamos uma casaca para nos fechar enquanto digerimos tudo que foi percebido enquanto lagartas e desenhamos o que queremos fazer com tudo o que aconteceu. Esse processo não tem tempo definido para finalizar, cada pessoa irá precisar de um tempo (respeite ele, ok?).
Se passamos bem pelo nosso Casulo a metamorfose desse ciclo chega em sua última etapa que é romper ele e nos tornar Borboletas. Aqui nos expandimos e abrimos nossas asas para o mundo, mostrando ao que viemos. Estamos adaptadas à nova realidade e podemos nos envolver de forma saudável com outras pessoas.
Sei que quase ninguém curte a lagarta, achamos feias ou a vemos como uma praga. Mas o fato é que sem ela não existe borboleta. O mesmo vale para as fases, se você quer se recuperar, se abrir para o novo e virar páginas na sua vida precisará ser lagarta!
Meu intuito com esse texto é te colocar para agir em direção a sua metamorfose, por isso me despeço te deixando uma “lição de casa”.
Analise o seu momento atual de vida e se responda essas duas pergunta: Em qual fase da sua metamorfose você está? Como pode se aprofundar nela para poder aproveitar o melhor possível dos aprendizados de cada etapa?
Use as respostas para se colocar em movimento e permitir-se ser borboleta!